Estive ontem em Coimbra, sob uma canícula tremenda e inesperada, um vento abafado e quente, mas agradável na medida em que parecia que não tinha saído do Algarve. A cidade continua linda e os habitantes (do sexo feminino) também.
Como vos disso fui levar o meu amigo AL, à consulta que iria mostrar se o resultado da cirurgia a que foi submetido
(info nesta posta) ao escafóide da mão direita, após 60 dias já estaria consolidada (desde já deixo aqui as minhas desculpas, se eventualmente usar alguma terminologia errada na descrição do caso)?!
Mas, enquanto aguardava reparei que na rua em frente à porta principal, havia uma concentração de pessoas de etnia cigana, das mais variadas idades. Pelo que presumi tratar-se de uma família, pela agitação, depreendi que algum familiar se encontrava em tratamento na clínica e que a situação deveria ser de alguma gravidade, eles demonstravam grande desagrado pelo facto de só deixarem entrar uma pessoa para visita de cada vez. Refiro-me a este episódio não pela sua excepção, mas sim porque todos nós talvez já tenhamos assistido a situações semelhantes, que são reveladoras de uma unidade familiar forte e de grande interajuda, valores que entre nós estão a cair em desuso. Tanto que até ofacto de eu ajudar um amigo a deslocar-se a uma consulta, porque ele não pode, é sobrevalorizado pelo mesmo quando devia bastar um simples - Obrigado!
Retomando a narrativa do escafóide, à saída do meu amigo e esposa (dupla consulta, a que me vou referir mais tarde), reparei que ainda trazia a mão com a ligadura e o suporte de mão.
Sim, a consolidação do escafóide não fora completa.
É assim, nem sempre as notícias podem ser boas.
A cirurgia resultou, mas como o osso estivera partido demasiado tempo (aprox. 6 meses), a irrigação sanguínea do osso interrompida à muito, a recuperação pela cirurgia vascularizada recuperou grande parte do osso, mas há uma pequena zona em que não, então vai ter que estar mais um mês imobilzado, na esperanças que a vascularização e posterior consolidação do osso seja atingida. Senão, nova cirurgia vascularizada, para recuperar integralmente o escafóide, se não for conseguida, espera-lhe a substituição do escafóide por uma prótese metálica, com rodinhas que permite a sustentanção dos ossos e o funcionamento normal da mão.
Meus amigos, temos obviamente que retirar 2 lições desta situação;
1º - Sempre que tivermos um problema de saúde, devemos recorrer imediatamente a ajuda médica especializada, e se não ficarmos satisfeitos com a solução apresentada, recorrer a outra solução, mas "esperar que passe por si" é que não!
2º - Realmente, a medicina em Portugal não está tão mal como costumamos pensar, está é mal organizada e desmotivada, mas isso é um problema comum a quase todos os sectores.
PS- Na consulta o Dr. Abel Nascimento agradeceu ao meu amigo , a referência à cirurgia, feita aqui no blog, perante o espanto do meu amigo, explicou-lhe então que a funcionária tinha encontrado na net, o meu blog e tinha lido a posta (alguém tem um lenço? estou todo babado). Desde já o meu agradecimento à leitora que só conheço de vista, e não falei com ela porque já estavamos de regresso, um beijo para ti. Obrigado.
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on quinta-feira, junho 02, 2005 at 6/02/2005.
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