Hoje fui cortar a guedelha, a um barbeiro socialista(não é que este seja diferente dos outros, mas...), reparei que depois de pedir o tipo de corte - "...pente 3, depois já se vê. Porque não corto o cabelo tão curto há pelo menso 15 anos". - já estavamos a falar do dia 18 de Abril, Concílio, nomeação do futuro Papa, branco - negro, novo - velho, etc. A conversa fluiu anormalmente para a ocasião, depois passamos para a IVG, para a taxa de natalidade, para os métodos anticonceptivos, e da relação de tudo isto com o novo Papa.
O barbeiro, numa coisa tem razão, nas sociedades modernas, a evolução de seitas radicais e outros credos de objectivo duvidoso, são excelentes pôlos de atracção para diversas franjas da sociedade, como tal a Igreja, terá obrigatoriamente(se quiser continuar o seu crescimento - leia-se evangelização), que se abrir, ou adaptar às novas circunstâncias sociais, porque os problemas não vão desaparecer com a nomeação do novo Papa.
O Barbeiro divagou, e divagou..., em relação às mais diversas situações, até que chegámos à conclusão de que à Igreja terá sim, que aceitar as mulheres como iguais - sim as mulheres -, já reparam, que os crentes são na sua maioria mulheres, e o acesso das mulheres à Igreja tem sido muito limitado, a tolerância e adaptação à modernidade, terá se calhar, que começar pela aceitação da mulher, como igual, e não um simples meio de manter a espécie. Pois é.
Bom, acho que já chega. A conversa com o Barbeiro Socialista foi mais longa, mas não vos vou aborrecer mais.
É o que dá ir cortar o cabelo a um Barbeiro Socialista.
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on sexta-feira, abril 08, 2005 at 4/08/2005.
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